domingo, 5 de dezembro de 2010

Encontrando um lugar,

Meu lugar não é nessas teclas de eletrônicos... Meu lugar não é digitando, pregada numa cadeira olhando para uma tela agressora à minha capacidade de visão.
Meu lugar também não é em pé, apoiada na estante e com papel e caneta em cima, como fazia o gênio Fernando Pessoa. De acordo com escritos do próprio Fernando, escrever em pé o inspirava.
Meu lugar não é numa vida conturbada como teve Clarisse Lispector, numa morte tuberculosa como a de Manuel Bandeira, ou na música como Mário de Andrade.
Meu lugar ainda não é onde eu tenha que escrever por obrigação e a vontade dos outros...

...Meu lugar é onde eu possa escrever como e quando eu quiser e o que eu sentir vontade, afinal ideias nunca me faltam. Meu lugar é onde eu me sinta bem e minha simplicidade seja bem vinda. Um lugar para eu rabiscar, colorir e desenhar, onde eu possa escrever e me expor sem ninguém se importar com isso.
Eu quero pertencer a um lugar em que eu possa pontuar, ou não pontuar, como eu quiser. Quero repetir quantas vezes a palavra "que" eu precisar e, mesmo se não precisar, quiser.
Eu sou de um lugar para escrever bobeiras, mas serão as MINHAS bobeiras. As minhas ideias, por mais simples que sejam, serão boas ideias.
Comparações, nesse lugar, não serão obrigatórias e cada um terá um estilo próprio dentro de um todo.
Lugar esse onde escritores consagrados serão consagradados por sua magnitude - "viver não é necessário; necessário é criar" - e por sua simplicidade - "café com pão, café com pão, café com pão".

E se esse lugar ainda não existe, achei um bem próximo disto.